A presidente do SindiSaúde, Fabiana Biondo, participou na tarde desta quinta-feira (27) de uma mobilização em frente ao Fórum de Passo Fundo. O ato reuniu representantes de sindicatos, entidades e moradores que buscavam sensibilizar o poder público e as autoridades a respeito da difícil situação enfrentada nos últimos dias.
Passo Fundo registrou falta de água em diversos bairros, há relatos de moradores que ficaram seis dias sem água em casa. Diante dessa situação, a UAMPAF e demais entidades se mobilizaram realizando o protesto, que acontece no mesmo dia de uma audiência convocada pela juíza Rosana Gellin, responsável por uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública do Estado, para discutir a crise do abastecimento de água. “Tem associados nos relatando que fizeram plantões de 12 horas e que chegaram em casa e não puderam nem tomar um banho para poder descansar, então o sindicato está apoiando, sempre vamos estar junto da comunidade e só com a união de todos vamos mudar essa situação porque água potável é um direito básico”, disse Fabiana.
Além de representantes da Prefeitura e da Corsan/Aegea, lideranças do poder legislativo também participaram da audiência que fez um acordo parcial, definindo que as cobranças das faturas do mês de janeiro de 2025, que superaram 40% do consumo médio apurado nos meses anteriores, terá a fatura suspensa até́ que a Corsan verifique a razão desse aumento.
A defensora do Ministério Público, Camila Ferrareze, explicou após a audiência, que não serão cobrados os juros e multas das contas até uma definição. Além disso os moradores de Passo Fundo não precisarão realizar as obras ligando a rede de esgoto, até a Corsan apresentar um plano de custeio desses valores para as famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único.
Uma próxima reunião deve ocorrer no dia 3 de abril para nova discussão, onde a Corsan deve apresentar um Plano de Custeio para ligação de esgoto para as famílias de baixa renda.
Os moradores que já solicitaram a revisão das contas e não concordarem com a resposta da Corsan, podem procurar a Defensoria Pública para orientação.
Ao fim do ato foi criado um “Comitê em Defesa da Água” contando com a participação de moradores e lideranças para acompanhamento e discussão da situação em Passo Fundo.
